Estação Tiangong 1 em queda livre!

07 de janeiro de 2018

Uma equipe internacional acompanha a reentrada atmosférica descontrolada de Tiangong 1, o primeiro protótipo da estação espacial da China.



Uma grande reentrada não controlada está prevista para o início de 2018: o primeiro protótipo da estação espacial da China, o Tiangong 1 ("palácio celestial" em chinês) está pronto para queimar na atmosfera terrestre durante a sua queda a partir da órbita.


A Agência Espacial Nacional da China (CNSA) lançou a estação espacial de 8,5 toneladas em 29 de setembro de 2011. Foi o precursor de uma estação espacial em grande escala que a China planeja completar até 2022. A China usou a Tiangong 1 para testar técnicas de encontro e acoplagem. Recebeu a visita de Shenzhou 8, nave não-tripulada que teve êxito no encaixe e duas visitas curtas de astronautas a bordo de Shenzhou 9 e Shenzhou 10 em 2012 e 2013, respectivamente.

A órbita de 300 km de altura de Tiangong é inclinada 42,8 ° em relação ao equador da Terra, o que significa que sua reentrada ocorrerá entre latitudes 43° N e 43° S, ou seja, uma área muito ampla. A data, a hora e a posição geográfica da reentrada só podem ser previstas com grandes incertezas", diz Holger Krag (ESA) em um comunicado de imprensa. "Mesmo pouco antes da reentrada, apenas um largo intervalo detempo e uma janela geográfica podem ser estimados".

A China estendeu a missão Tiangong 1 até março de 2016, mas os controladores terrestres perderam contato com ela no final de 2016. Em maio de 2017, a China declarou em uma carta ao Escritório das Nações Unidas para os Assuntos do Espaço Exterior que a altitude da estação estava em queda a uma taxa de cerca de 160 metros por dia. A carta também afirmou que "o estado orbital e outras informações relacionadas ao Tiangong 1 serão postadas no site da Agência Espacial da China".

Além de problemas potenciais durante a reentrada, os restos espaciais podem representar um perigo para a nave espacial e humanos no espaço. Muitas organizações monitoram os restos espaciais tanto grandes quanto pequenos.

Queda da altura média da Estação de 11/2016 a 11/2017
A ESA rastreia satélites ativos e inativos como parte de seu programa de Space Situational Awareness. A Força Aérea dos Estados Unidos desativou seu sistema de vigilância espacial conhecido como "Space Fence" em 2013, pois transita para o sistema de próxima geração da Lockheed Martin, que será lançado on-line em 2019. Outro recurso que controla o lixo espacial opticamente é o Telescópio Automatizado de Classe-Medidor (MCAT) baseado na Ilha da Ascensão no Atlântico Sul.

Tiangong 1 é o maior objeto que irá reentrar na atmosfera da Terra desde que Phobos-Grunt, a missão fracassada russa de 13 toneladas, caiu em janeiro de 2012. A previsão que a reentrada da estação ocorra no meio de março desde ano, com uma margem de erro de 15 dias, porém quando nos aproximamos do mês, se espera que a margem estreite e possa-se precisar o dia e o local. O arraso atmosférico e a atividade solar desempenham um papel na aceleração ou diminuição da reentrada para os satélites em órbita terrestre baixa, o que dificulta a precisão dos dados.

A estação chinesa é visível durante o amanhecer ou no crepúsculo, pois a mesma reflete a luz solar e brilha quase como a estrela Sírius, com uma magnitude aparente de -1. Podemos acompanha sua localização em tempo real pelo site: http://www.satview.org/?sat_id=37820U

TRADUZIDO E ADAPTADO DE:

http://www.skyandtelescope.com/astronomy-news/chinas-tiangong-1-set-to-reenter-in-the-coming-months/

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A Terra vista da Estação Espacial Internacional