Asteroides: restos da formação do Sistema Solar

08 de maio de 2012


Após a formação do Sistema Solar, como em qualquer construção, houve uma "sobra de material", matéria que se solidificou sem se incorporar a planetas e satélites. Muito desse "resto" era formado por substâncias voláteis, que tendiam a formar uma camada nebulosa superficial quando aquecidos, eram os cometas. Parte, no entanto, era constituída de uma mistura material rochoso com metálico, os asteroides.

Asteroides, classificados como corpos menores do Sistema Solar, são objetos que têm órbita definida em torno do Sol, com a maioria deles  estáveis entre as órbitas de Marte e Júpiter a uma distância média de 2,17 a 3,3 unidades astronômicas (1 unidade astronômica = distância média entre a Terra o Sol, cerca de 150 milhões de quilômetros), região conhecida como Cinturão de Asteroides.

Esquema do Cinturão de asteroides

Alguns, no entanto, têm órbitas mais excêntricas, com elipses bem alongadas, como por exemplo os asteroides do chamado Grupo Amor como Apolo, Adônis, Ícaro que inclusive cruzam a órbita terrestre, este último tem seu periélio mais próximo do Sol que o de Mercúrio.

Esquema das órbitas dos asteroides Apolo, Eros (Amor) e Atens

Com tamanhos variando de poucos metros a dezenas de quilômetros, milhares de asteroides já foram catalogados e nomeados. Porém, boa parte desses astros permanece desconhecida. Estima-se que até 1 milhão de asteroides ainda não tenham sido descobertos, seja pelo tamanho pequeno, seja pelo escasso brilho que refletem.

Isso tem levando preocupações dos setores que monitoram o espaço, bem como do público leigo. Pois é comum serem descobertos asteroides em rotas próximas ao nosso planeta a apenas poucos dias da aproximação máxima, ou pior, serem conhecidos já depois de terem passado pela Terra. Por exemplo, em 9 de março de 2013, um asteroide (Asteroid 2013 ET) com 140 m de diâmetro passou a cerca de 950 mil quilômetros da Terra, porém o que mais assustou foi que o mesmo só foi descoberto 6 dias antes do "rasante".

A seguir fotografias de asteroides com a dimensão aproximada de seu diâmetro:

951 Gaspra, 6,1 km (média)

433 Eros, 13 x 13 x 33 km

3552 Dom Quixote, 19 km

Matilde, 66 x 48 x 46 km

Ida 53,6 x 24 x 15,2 km. À direita, Dactyl, seu satélite.


Os Troianos

Existe um grupo especial de asteroides que divide a órbita com planetas, ficando a uma determinada distância constante do mesmo, sem risco de colisão, pois a órbita desses astros está localizado em dois pontos de estabilidade 60° à frente e atrás do corpo principal. Esses corpos são os chamados troianos. Os asteroides troianos seguem o planeta como uma guarda indo a frente e atrás da órbita descrita pelo planeta. Constituem em grupo de astros provavelmente originado de algum asteroide que foi capturado pelo campo gravitacional do dado planeta. Abaixo veja um esquema dos troianos de Júpiter.




Além de Júpiter, foram descobertos asteroides troianos ao redor de Netuno, Marte (um dos troianos de Marte chama-se 5261 Eureka), Urano e recentemente em Vênus. Em outrubro de 2010, foi descoberto, pela NASA, o primeiro troiano da Terra, ele se chama 2010 TK7 e tem aproximadamente 300 metros de diâmetro.
2010 TK7, circulado em verde 


Meteoritos


Quando um asteroide ou parte dele cai na Terra ele torna-se um meteoro, se algum fragmento (pequeno ou grande) resistir à quiema pela atmosfera e atingir a superfície ele será chamado de meteorito.



Dependendo da composição os meteoritos são classificados como aerólito (rochoso), siderolitos (metálico) ou siderólito (metálico-rochoso), os metálicos são compostos, em sua maioria, por 85% de ferro e 14% de níquel.

Meteorito caído em Marília-SP

O maior meteorito caído nos EUA

Meteorito de Bendegó, o maior do Brasil. Tem 5360 kg e 2,2 m de comprimento.

Meteorito Hoba, maior fragmento conhecido,  peso estimado em 60 toneladas.

Os metoritos ao atingir a superfície produzem crateras muito maiores que os objetos que as produziram. No Arizona - EUA a Cratera de Barringer é uma das mais famosas. Cientistas acreditam que um meteorito de 50 metros a 40000 km/h com força de uma bomba H produziu a cratera que tem mais de 1 quilômetro de diâmetro e 200 metros de profundidade.
Cratera de Barringer

Cratera de Chicxulub, na penísula de Yucatán - México

A Cratera de Chicxulub, no México é uma das mais estudadas, pois muito provavelmente ela é cicatriz deixada pelo meteorito que extinguiu os dinossauros a 65 milhões de anos. O meteorito tinha aproximadamente 10 km de diâmetro. A cratera hoje está soterrada e escondida sob a floresta, mas os cientistas, que inicialmente constataram um diâmetro de 180 km, deduzem, de acordo com dados geológicos, que a cratera poderá ter algo em torno de 300 km de diâmetro.

Para encerrar, a seguir um vídeo onde vemos a queda do Meteoro de Cheliabinsk, que em 15 de fevereiro de 2013 riscou o céu da Rússia e países vizinhos. Ao entrar na atmosfera terrestre o mesmo explodiu, provocando uma grande onda de choque, estilhaçando vidros e ferindo cerca de 1.500 pessoas. Posteriormente vários pedaços foram encontrados, alguns com vários quilogramas de massa.


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A Terra vista da Estação Espacial Internacional